Cerca de 50 policiais cumprem 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Manaus (AM), Boa Vista (RR), Belém (PA) e Natal (RN)
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (14) a Operação Fair Play, com o objetivo de reprimir “crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa”.
Segundo os investigadores, as ações de hoje dão sequência a apurações que vêm sendo feitas desde 2021 e que ainda persistem, contra um grupo empresarial do ramo de investimentos financeiros ligado à promoção de eventos, em especial shows.
Cerca de 50 policiais federais participam da operação para o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus (AM), Boa Vista (RR), Belém (PA) e Natal (RN).
“Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse”, informou a PF.
EVENTOS:
De acordo com a apuração, a empresa investigada está ligada a um grupo empresarial que atua nos mais diversos segmentos comerciais relacionados à promoção de eventos como shows com atrações nacionais na cidade de Manaus, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis.
Para ter sucesso nessa empreitada, os suspeitos adotaram como estratégia atrair principalmente servidores públicos e aposentados.
“Em um período de 2 anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo”, detalhou a PF.
Segundo a PF, estão sendo apuradas práticas criminosas que vão desde crimes contra o sistema financeiro e a economia popular, até lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se somadas, as penas podem ultrapassam 30 anos de prisão.