Adiado o julgamento do ex pastor geogerval alves Goncalves

Adiado o julgamento do ex pastor geogerval alves Goncalves

O Júri Popular de Georgeval Alves Gonçalves, marcado para começar nesta segunda-feira (3), em Linhares, foi adiado porque a defesa do pastor abandonou o plenário.

Ele é acusado de matar os irmãos, Kauã e Joaquim, de 6 e 3 anos, enteado e filho do pastor, respectivamente.⠀

O advogado Pedro Ramos, que liderava a defesa, disse que não existe imparcialidade do júri para que o julgamento ocorra em Linhares e comunicou que abandonará o plenário, mas que continuará defendendo o réu. ⠀

Disse ainda que o Judiciário de Linhares não tinha condições de garantir a segurança dele, da equipe de defesa e do Georgeval. Pedro estava usando colete balístico no plenário, por recomendação da Associação Nacional dos Advogados Criminalistas (Anacrim).

ENTENDA O CASO.

O Espírito Santo registrou no ano de 2018 um dos crimes mais bárbaros de sua história. O pastor Georgeval Alves, conhecido como George, foi acusado de estuprar, espancar e queimar ainda vivos o próprio filho Kauã, de 3 anos, e o enteado, Joaquim, de 6, na casa da família, em Linhares, no norte do estado. O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de abril de 2018. O pastor está preso desde o dia 28 daquele mês e ano.

Os dois irmãos morreram carbonizados num incêndio provocado pelo pastor, no quarto onde estavam.

Laudos periciais comprovaram que, antes de serem queimados vivos – numa tentativa de ocultar o abuso sexual -, os meninos foram agredidos e estuprados.

O pastor sempre negou as acusações e, segundo a polícia, ainda tentou se promover diante da tragédia.

Em uma entrevista à imprensa, afirmou que “fez o que pode” para salvar as crianças.
“Estamos diante de um crime aterrador, pavoroso e chocante. Estamos falando de um monstro”, afirmou o secretário de segurança pública do Espírito Santo, Nylton Rodrigues.

Georgeval Alves foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis.

A soma das penas pode chegar a 126 anos de prisão, mas, por lei, o tempo máximo que ele pode ficar preso são 30 anos.

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