O mundo está se livrando dos projetos de ditadores.

A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, foi sentenciada à morte à revelia nesta segunda, ao término de um julgamento de meses que a considerou culpada de ordenar a repressão violenta a um levante estudantil no ano passado. Pessoas presentes no tribunal lotado, incluindo familiares das vítimas, aplaudiram e ovacionaram; do lado de fora, alguns se ajoelharam e rezaram após o veredicto – a penalidade mais dura já imposta a um líder no país. Hasina, que se refugiou na Índia em agosto de 2024 no ápice dos protestos contra seu governo, divulgou uma declaração rejeitando o tribunal como um “tribunal fraudulento”. O governo interino chefiado pelo laureado com o Prêmio Nobel Muhammad Yunus classificou a decisão como um “veredicto histórico”, mas pediu calma e avisou que lidará com qualquer distúrbio. Após a decisão, o Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh solicitou à Índia a extradição de Hasina e do ex-ministro do Interior Asaduzzaman Khan Kamal, também condenado à morte no mesmo processo. A Índia afirmou ter tomado conhecimento do veredicto, declarou estar comprometida com os melhores interesses do povo de Bangladesh e que “se engajaria de forma construtiva”, sem fornecer detalhes adicionais.

Ministro do supremo Alexandre de Moraes deu um tiro no pé

O episódio envolvendo o pedido de prisão de Tagliaferro repercutiu como uma bomba política não por causa do processo em si, mas por aquilo que ele revela sobre a forma como o STF tem se comportado diante de denúncias, críticas e exposições internas. Ao acionar a Justiça italiana alegando vazamento de documentos sigilosos, Moraes acabou provocando um efeito que talvez não esperasse: ao dizer publicamente que houve vazamento, ele implicitamente reconhece que os papéis existem e que seu conteúdo não é mera invenção. Em outras palavras, ao tentar perseguir quem divulgou, o próprio sistema admite que o material é real. É exatamente esse ponto que aumentou a indignação pública. Em vez de esclarecer o conteúdo dos documentos, contextualizar os fatos ou responder às dúvidas legítimas que surgiram, a reação foi centrada em punir o emissor. É o clássico “mate o mensageiro”. Quando uma instituição reage mais rápido para encontrar um culpado do que para explicar o que foi revelado, a desconfiança cresce. E cresce porque o cidadão percebe que há interesse em silenciar, não em esclarecer. O caso expõe algo ainda maior: a distância entre o discurso de transparência e a prática de blindagem absoluta. O STF é uma das instituições mais poderosas do país, e justamente por isso deveria ser a mais transparente, a mais aberta ao escrutínio público e a mais cuidadosa ao lidar com críticas e denúncias. Mas, quando a resposta automática é acionar autoridades internacionais para perseguir quem divulgou informações, o efeito político é devastador. A sensação é de cerco, não de justiça. Outro ponto explosivo é o contraste entre a agilidade para agir contra quem vaza e a demora — ou ausência total — de esclarecimentos sobre o conteúdo vazado. Para grande parte da população, isso não é um sinal de força institucional, mas de desespero. Quando a prioridade vira controlar o dano, e não resolver o problema que o documento expõe, o próprio STF alimenta a narrativa de que está mais preocupado com sua imagem do que com a verdade. No fim, o caso Tagliaferro abre mais perguntas do que respostas: Por que tanto esforço para calar? Por que tanto medo da exposição? Por que nenhuma explicação oficial sobre o conteúdo dos documentos? A tentativa de conter o estrago, na prática, ampliou a crise. E mostrou ao Brasil inteiro que, quando o assunto envolve o próprio topo do poder, o silêncio pesa mais do que qualquer sentença.

Vitória para o Brasil, derrota para o governo lula

A Câmara dos Deputados aprovou, por ampla maioria, o texto-base do PL Antifacção, em uma votação que marcou uma derrota para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O placar foi de 370 votos favoráveis e 110 contrários, após a rejeição de um requerimento que tentava adiar a análise da proposta. Relatado pelo deputado Guilherme Derrite (Progressistas-SP), o projeto cria a figura penal de “facção criminosa”, endurece penas e amplia instrumentos de investigação e punição a organizações envolvidas em crimes violentos, domínio territorial e lavagem de dinheiro. As penas previstas podem chegar a 40 anos, ultrapassando 65 em casos com agravantes. Entre os mecanismos previstos estão o bloqueio de bens — inclusive ativos digitais —, a possibilidade de intervir em empresas utilizadas por quadrilhas e a cooperação internacional para rastrear patrimônio. O texto também reforça a execução penal, determinando que líderes de facções cumpram pena, preferencialmente, em presídios federais de segurança máxima. Apesar de ter incorporado concessões ao governo, como ajustes na distribuição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, Derrite não conseguiu o apoio do Planalto. A base governista votou contra o projeto, alegando falhas e falta de diálogo na construção do texto. A proposta ainda passará pela votação dos destaques, que podem modificar pontos específicos antes de seguir para o Senado.

Maurício camisotti faz acordo de delação e entrega comparsas

A delação premiada de Maurício Camisotti, que foi homologada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), já resultou em novas prisões e operações de busca e apreensão. Com base nas informações fornecidas por Camisotti, a Polícia Federal e a CPMI do INSS avançaram significativamente nas investigações. Principais desdobramentos da delação: O ministro André Mendonça determinou a prisão de pelo menos outras dez pessoas. Entre os presos estão Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS (gestão Lula), e André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do órgão. O ex-procurador Virgílio de Oliveira também foi alvo de um mandado de prisão, mas encontra-se foragido. A delação revelou detalhes de como associações suspeitas operavam em parceria com empresas para realizar descontos indevidos em aposentadorias e pensões sem a autorização dos beneficiários. Camisotti era sócio oculto e responsável pela criação de três entidades que participavam do esquema, que já desviou bilhões de reais. Os nomes entregues pelo empresário foram: Alessandro Stefanutto (ex-presidente do INSS) Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”, lobista e apontado como facilitador do esquema) André Fidelis (ex-diretor de Benefícios do INSS) Virgílio de Oliveira Filho (ex-procurador do INSS) Cecília Rodrigues Mota (ligada à Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil – AAPB) Maria Liduína Pereira de Oliveira (vinculada à AAPB) Maria Ferreira da Silva (vinculada à AAPB) Raimunda Cunha (ligada à AAPB) José Lins de Alencar Neto (ligado à AAPB) Maurício Camisotti (o próprio delator, que confessou sua participação no esquema).  

Uma nova etapa da Operação Contenção, deflagrada na sexta-feira (14) no Rio de Janeiro, ganhou um componente político inesperado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O vereador Marcos Aquino (Republicanos) foi detido após se apresentar espontaneamente no local onde equipes policiais cumpriam mandados — e foi encontrado com uma pistola registrada em nome de outra pessoa. O alvo principal da fase da operação era o irmão do parlamentar, que ainda não foi localizado, e que, segundo investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP) junto à Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) atuaria conectado ao Comando Vermelho (CV) — especialmente nos bairros Bacia do Éden e Castelinho, e em áreas próximas em São João de Meriti. Ao todo sete pessoas foram presas nessa fase da operação, uma arma adicional foi apreendida, bem como drogas, documentos e celulares que poderão ajudar a mapear a estrutura logística do grupo criminoso na região. A intervenção também desmantelou barricadas levantadas pela facção em vários pontos da comunidade e identificou bens que poderão ser bloqueados judicialmente em etapas futuras. Segundo a DRE-CAP, a operação, que dura cerca de 11 meses de investigação, visa frear a expansão territorial do CV na Baixada e desarticular sua infraestrutura logística.

O grande estadista foi abandonado pelos cumpanheiros

  As ausências dos países do Mercosul e principalmente do Brics, organismos multilaterais tão festejadas e bajuladas por Lula (PT), expuseram aos olhos do mundo o fracasso da reunião de cúpula que antecedeu os debates técnicos previstos na COP30. O caso mais grave foi a ausência dos presidentes de países do Mercosul, justo quando Lula ocupa a presidência rotativa do organismo. Para diplomatas, pode ter havido boicote liderado pelo presidente da Argentina, Javier Milei. Inclua-nos fora A ausência de países do Brics é humilhante, após Lula arruinar relações com os EUA pregando a substituição do dólar nas relações comerciais. Muy aliados Nenhum dos “parças” do Brics veio à cúpula: Xi Jiping (China), Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia) e Matamela Ramaphosa (África do Sul). Piscadela para Trump Diplomatas suspeitam que isolando Lula na COP30, países do Brics e do Mercosul quiseram “fazer um gesto” a Donald Trump. Até tu, companheiro? Até o uruguaio Yamandú Orsi, raro esquerdista que conseguiu ser eleito no continente, também não apareceu na cúpula. O Itamaraty silencia.

Comando Vermelho tinha fuzis de 4 países; 91 armas avaliadas em R$5,4 mi, maioria falsificada e vinda da fronteira.

  O Comando Vermelho possuía seis fuzis das Forças Armadas de quatro países entre os 91 apreendidos na Operação Contenção. Dois deles são do Exército Brasileiro e outros dois são da Venezuela. Os criminosos também tinham uma arma do Peru e outra da Argentina. A Polícia Civil avaliou os 91 fuzis apreendidos em cerca de R$ 5,4 milhões. Esse tipo de armamento, no entanto, não é o único: ao todo, a polícia apreendeu 118 armas. A Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos da Polícia Civil do Rio de Janeiro (CFAE) disse que irá analisar o armamento. As autoridades, no entanto, já adiantam que a maioria deles é do modelo FAL (Fuzil Automático Leve). Logo após a Segunda Guerra Mundial, a empresa belga FN viu a necessidade de uma arma precisa, mas ao mesmo tempo com maior cadência de tiros e maior capacidade de armazenamento de munição. Assim surgiu o FAL. Arsenal também possui fuzis falsificados Outros fuzis apreendidos possuem identificação de fabricação internacional. A polícia, no entanto, identificou que cerca de 90% deles são falsificados. A investigação ainda acredita que a maioria das armas apreendidas entrou no país pela Amazônia e pela fronteira terrestre com o Paraguai. 📸Foto: Rafael Campos/Governo do RJ

A criminosa, apelidada de “musa do crime” por exibir armas e poses provocantes em suas redes sociais, foi atingida por um tiro de fuzil no rosto ao enfrentar os agentes.

  Uma integrante do Comando Vermelho (CV), conhecida pelos apelidos “Penélope” e “Japinha”, foi morta durante intensos confrontos com forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, na terça-feira (28/10). A criminosa, apelidada de “musa do crime” por exibir armas e poses provocantes em suas redes sociais, foi atingida por um tiro de fuzil no rosto ao enfrentar os agentes. De acordo com informações da investigação, Penélope era uma das mulheres mais próximas aos líderes locais da facção e tinha papel ativo na linha de frente das ações criminosas. Ela era responsável por monitorar pontos estratégicos de venda de drogas e garantir a proteção das rotas de fuga utilizadas pelos traficantes em situações de confronto. O corpo da traficante foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de troca de tiros. Testemunhas relataram que ela resistiu à abordagem policial e chegou a disparar contra os agentes antes de ser neutralizada. No momento da morte, Penélope usava roupas camufladas, colete tático e carregava compartimentos para munição de fuzil, o que reforça sua função de combate direto dentro do grupo criminoso. As imagens de “Japinha” morta circulam nas redes sociais e são chocantes.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou uma nota oficial com tom de represália

após a morte de quatro agentes durante a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. No comunicado, a corporação lamentou profundamente as perdas e se solidarizou com familiares e amigos das vítimas. Em tom firme, classificou como “covardes” os ataques e afirmou que os responsáveis não ficarão impunes. “A resposta está vindo, e à altura”, diz um trecho da nota. A operação, chamada de Megaoperação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares. O objetivo foi capturar lideranças do Comando Vermelho e conter o avanço territorial da facção em áreas estratégicas do estado. Entre os mortos estão os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos. Também perderam a vida os policiais militares do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Herbert Carvalho da Fonseca, de 39 anos. Os quatro foram atingidos durante confrontos em diferentes pontos dos complexos, o que elevou a tensão na região e intensificou a operação policial.

Morre Vanessa Rios, ex-vocalista da banda Capim com Mel, aos 42 anos Vanessa estava internada no Hospital Santa Joana, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

A cantora Vanessa Rios, conhecida nacionalmente por sua marcante passagem pela banda Capim com Mel, faleceu neste sábado (25) aos 42 anos. A informação foi confirmada neste domingo (26) por familiares e colegas da artista. Vanessa estava internada no Hospital Santa Joana, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, onde tratava um câncer raro no pulmão. O quadro se agravou nos últimos dias, levando ao seu falecimento. Trajetória e legado no forró Natural de Recife, Vanessa Rios iniciou sua carreira nos anos 2000 e ganhou destaque como vocalista da banda Capim com Mel, um dos maiores nomes do forró romântico nordestino. A cantora também integrou outros grupos de sucesso, como Forró do Muído e Banda Kitara, marcando época com sua voz potente e presença de palco carismática. Com dezenas de turnês e músicas populares nas festas juninas, Vanessa ajudou a consolidar o forró eletrônico como um dos ritmos mais ouvidos do Nordeste durante os anos 2000 e 2010. Homenagens e despedida. Nas redes sociais, fãs e artistas prestaram homenagens emocionadas à cantora. A banda Capim com Mel publicou nota destacando o legado deixado por Vanessa: “Sua voz continuará viva em nossos corações e na história do forró romântico. Obrigado por tudo, Vanessa.” O velório será realizado na terça-feira (28), a partir das 10h, no Cemitério Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Importância para a música nordestina Vanessa Rios pertenceu a uma geração de artistas que ajudaram a popularizar o forró romântico, levando o gênero para o rádio, a TV e plataformas digitais em todo o país. Sua partida representa uma grande perda para a cultura musical nordestina, especialmente para os fãs do forró tradicional e eletrônico.

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