O desvio de quase 50 milhões do consórcio nordeste, durante a pandemia, não é mais novidade pra ninguém. O universo sabe.
O consórcio à época do desvio era chefiado por Rui Costa (então governador da Bahia, hoje ministro da Casa Civil) e seu fiel escudeiro Carlos Gabas, então secretário do consórcio.
Em resumo, o consórcio nordeste comprou respiradores durante a pandemia de covid-19 por quase 50 milhões de reais, em uma loja recém criada (à época) que vendia produtos da maconha. Pagou adiantado e à vista. A nota fiscal emitida pela empresa (Hempcare) foi a 2ª nota emitida.
Os respiradores nunca foram entregues.
Esta semana, contrariando o parecer dos técnicos do TCU, o ministro Bruno Dantas encabeçou a absolvição de Rui Costa e Carlos Gabas, sob a alegação de que a pandemia justificava a flexibilização de procedimentos, portanto não era possível exigir conduta diferente dos gestores diante da emergência sanitária.
O mais grave é que Carlos Lupi, outro ministro deste desgoverno, foi informado ainda em 2023 sobre os desvios e nada fez.
Em recente reunião do conselho da previdência social, Luppi disse que o INSS não é um botequim para resolver as coisas em 24 horas.
Um dono de botequim tem muito a ensinar a esse desgoverno.