Segundo ele, o magistrado “não tem contribuído para a paz social” no Brasil.
Em sua fala, Marco Aurélio assumiu que errou em 2017 quando acreditou que Moraes era preparado para assumir a cadeira mais importante do Judiciário.
“Ele [Moraes] realmente não tem contribuído para a paz social. Eu não vou tecer considerações maiores quanto aos atos que ele vem praticando, e olhe que o conheço há muitos anos”, disse durante entrevista à Rádio Bandeirantes.
O ex-ministro também avaliou que as prisões após a invasão em Brasília (DF) só deveriam ser decretadas contra quem destruiu o patrimônio público, e não para manifestantes que estavam pacificamente em frente ao QG do Exército.
Na visão dele, levar os mais de 1 mil detidos para ficarem confinados em um ginásio da Polícia Federal (PF) “é um passo largo que não se coagula com o Estado Democrático de Direito”.
Marco Aurélio ainda criticou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.
Em sua avaliação, esse tipo de medida não aconteceu nem durante a ditadura militar.
“Se eu estivesse na bancada [do STF], não endossaria esse ato de força. Não viveremos dias melhores no Brasil com atos de força, que não tivemos sequer na época do regime de exceção. Vamos marchar com temperança”, declarou.