Em 6 de agosto 2015 foi lançado um livro chamado Sonho Grande que narrava a trajetória de sucesso do bilionário Jorge Paulo Lemann e seus dois principais sócios: Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
O livro, escrito pela jornalista Cristiane Correa se tornou best-seller rapidamente e foi adotado por escolas de Administração e Economia em todo país.
Agora Lemann que é o sócio referência das combalidas Americanas, começa a dar pesadelos na indústria de bebidas (mundial). A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) apontou um rombo de R$ 30 bilhões na Ambev, outra empresa sob o guarda-chuva de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, sócios da 3G Capital.
Ambev e sua controladora Inbev mantém quase que o monopólio global de cervejas (e outras bebidas) no ocidente, veja algumas das marcas mais conhecidas de propriedade de Jorge Paulo Lemann e seus sócios: Brahma, Antártica, Skoll, Original, Caracu, Serra Malte e Bohemia só para citar algumas marcas brasileiras.
O grupo também possui marcas globais como a Budweiser dos Estados Unidos, Corona do México, a alemã Becks e a belga Stella Artois.
Um tremor na Ambev causaria um terremoto no mercado mundial de cervejas.
O diretor-geral da CervBrasil, Paulo Patroni, , afirmou à Veja que os relatórios de fiscalização da Receita Federal apontam “bilhões e bilhões de ilícitos tributários” pelo menos desde 2017. Os balanços da Ambev, no entanto, não registram o montante.
A confusão é tanta que até a empresa de auditoria está sendo investigada.
A atuação da auditoria externa responsável por garantir a lisura da demonstração de resultados não passou despercebida, na esteira da “bomba” contábil de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas (AMER3).
No caso da varejista, foi a PwC que auditou os últimos balanços da empresa, em substituição à KPMG, que saiu da função em outubro 2019.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e conselhos de classe vão investigar não apenas a empresa PwC mas especificamente os profissionais que atuaram com as contas da Americanas.
Um deles, inclusive já se manifestou.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) informou na quinta-feira (12) que a instauração de um processo administrativo ético-disciplinar para apurar “a conduta dos profissionais da contabilidade envolvidos no caso”.
Parece que J. P. Lemann fez o “L” e sonhou alto demais…